quarta-feira, 10 de abril de 2013

sexta-feira, 22 de março de 2013

Faz tempo que eu não escrevo, mas hoje eu quero dizer que eu amo esse país.

Você pode dizer que é idiota amar um país, e eu mesma sei que no fundo é, mas talvez eu seja um pouco idiota quanto a isso. Eu amo, eu simplesmente amo esse país. 

Hoje é o primeiro dia de primavera e está nevando loucamente. Eu esperava uma primavera de sol e florida, mas o que me surpreende é que isso simplesmente não importa! Eu voltei para casa andando e afundando o pé na neve e me sentindo muito feliz. Da mesma forma que eu me senti muito feliz no único dia bonito de sol. Parece que aqui as coisas simplesmente não tem como ficar ruins. Eu não me importo de sentir frio todos os dias, eu não me importo de sair com milhões de roupas, eu não me importo! Tudo aqui funciona tão bem, e cada canto dessa cidade me surpreende! Essa semana fui ao show do 2cellos e era num lugar que eu não conhecia, e sabe quando você fica boquiaberta? Eu com certeza absoluta poderia viver aqui o resto dos meus dias. 

A universidade tá muito difícil mesmo, aqui nós estamos no final do semestre, e eu fiz infinitas provas e em todas elas o que me faltou foi tempo, o que dá ódio. Haha. Eu sinto que eu poderia ter estudado mais  durante o semestre e que tudo agora seria mais fácil, mas tá tudo bem. Aqui a gente tem um easter break, que na verdade é férias de páscoa, e a universidade volta no dia 22 de abril. A partir daí não temos mais aulas, só provas finais que valem muito. Hahaha. Todas as minhas provas caíram na semana do dia 30 de abril, então eu me ferrei bastante. Mas eu vou me desligar disso por um tempo, porque esse domingo tô indo pra Holanda, e depois Bélgica e França. Que vida triste! :) E o melhor de tudo é que eu vou viajar e depois vou voltar pra casa, a minha casa que é aqui, e eu nunca vou me cansar! O mundo é grande e tem lugares lindos, mas eu vou voltar pra casa, a minha casa na Inglaterra.

É muito amor!

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Hoje resolvi escrever bem rapidinho, só para contar uma coisa que me deixou muito feliz. 
Ontem foi meu aniversário, e quando deu meia noite uma das minhas flatmates (que por acaso fez aniversário ontem também) bateu na porta do meu quarto para desejar parabéns, e me deu um cartão muito fofinho e chocolates. Todas as outras flatmates foram muito legais e vieram desejar parabéns também. Quando fui para aula a Fernanda (a pessoa que me deu parabéns mais vezes) tinha feito cookies pra mim! E de noite os brasileiros daqui foram comigo num pub, mesmo estando muito frio. Ainda ganhei do Ricardo um dos filmes que eu mais gosto na vida, que é o 500 dias com ela. Eu só quis escrever isso porque a gente ganha pessoas na vida que fazem diferença, a gente conhece pessoas que valem a pena, que se importam. E olha eu falando isso, eu, que nem gosto de gente. Hahahaha. 

Brasileiros (:

Presentes (:


quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

No dia 3 de janeiro pegamos o trem pra Birmingham. Do hotel até a estação de trem acabamos indo de taxi, éramos 3 e muuitas malas. Isso foi interessante porque descobrimos que uma das ruas pelas quais a gente passou tinha uma faixa exclusiva pra rainha, tipo exclusiva! O motorista do taxi disse que há um ano ninguém podia usar aquela faixa, nem em momentos de trânsito. Hoje já podem usar, mas se ela precisar ainda é só dela. Hahahaha.
De Londres a Birmingham gastamos uma hora e meia, num trem muito confortável que custou apenas £7,50! Tudo bem que compramos a passagem com um mês de antecedência, mas assim a gente vai aprendendo que quanto antes você compra certas coisas, mais baratas elas são.

O trem super lindo!

Chegando na cidade já deu pra ver que realmente era uma cidade muito grande, mas também muito bonita! Antes de vir pra cá li e ouvi muitas coisas falando que a cidade era feia, mas era só blábláblá. Quem fala isso nunca viu Santos Dumont (uma cidade no interior de Minas). Hahahahaha. Chegamos em Birmingham na estação New Street, e de lá mesmo já pegamos um trem pra University (é, tem uma estação de trem dentro da faculdade, e isso facilita muito a vida!). O difícil foi pegar esse trem com malas muito pesadas! Ao sairmos da estação (o que só aconteceu porque tinha um elevador pra subir com as malas, senão eu estava lá até hoje), fomos andando para o alojamento. Graças ao Ricardo, pessoa que sabe de tudo no mundo, e sabia, inclusive, o caminho, chegamos a recepção. Tudo isso com muito cansaço, desgaste e, pasmem, até calor! Dois asiáticos me ajudaram com uma das malas e ajudaram a Fernanda também. Assim que chegamos fomos pegar nossas chaves. Aqui na University of Birmingham existem tipo vilas de alojamento, eu moro no Pritchatts Park, mas existe uma outra chamada The Vale. Dentro dessas vilas existem conjuntos de prédios que tem tipos de apartamentos diferentes, eu fiquei no Oakley Court, mas no geral tem brasileiros espalhados por todos os prédios, mas sempre nessa mesma vila. Pra quem vem em setembro eles provavelmente deixam os brasileiros juntos, mas como nós chegamos em janeiro e isso não é tão normal pra eles, ficamos onde tinha vaga.

Oakley Court.

Cada apartamento comporta um número de pessoas diferente. Aqui no apartamento que eu fiquei divido com mais quatro pessoas, duas inglesas, uma africana e uma da Malásia. Nós temos uma cozinha comum, um banheiro e um chuveiro. Mas aqui mesmo no Oakley Court existem flats com 12 pessoas, por exemplo, mas nesse caso a cozinha é maior e são dois banheiros e dois chuveiros. E sim gente, isso dá tranquilo! Sobre a limpeza dessas áreas comuns... Uma ou duas vezes por semana vem uma pessoa limpar a cozinha e o banheiro, mas o conceito de limpeza deles é estranho, ela só dá uma varridinha e acha que tá ok! Mas aí é tudo questão de combinar com seus flatmates. No outro tipo de prédio, o Pritchatts House, o número de pessoas com quem se divide o flat é maior, chega a 18, mas não é nada que não dê pra conviver. A maioria dos brasileiros que veio em setembro está no The Spinney, mas eu não sei muito bem como é, só sei que por fora é lindo! Hahahahaha. 

Cozinha.

Meu quarto. 


 Meu quarto. 

Além disso, recebemos um welcome pack muito legal da Universidade! Tinha muita coisa, um monte de comidinhas, amostra de perfume da Diesel (hahahaha), chocolate, energético, etc. Recebemos também instruções sobre o alojamento, o cartão da lavanderia , instruções pra instalar a internet e tudo mais. 

Fofurinhas.

E chega por agora! 

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Então eu estava em Londres. Eu podia escrever um blog inteiro, com um post por dia, só pra falar da mágica daquela cidade. Mas eu tenho Birmingham, tudo bem. 
Cheguei em Londres dia 30 de dezembro e logo conheci a Fernanda. Fomos pro hotel em que iríamos ficar por quatro dias e depois de um banho, resolvemos que precisávamos sair do hotel pra comer, e já que a gente ia sair do hotel, nada melhor do que ir ao centro e já ver alguma coisa. Nessa hora de sair, conhecemos mais um brasileiro, o Thales. Como ele é mineiro e ele fala uai e tudo mais, já comecei a me sentir em casa. Hahahahaha. Eu e Fernanda fomos então pegar um ônibus e mais um metrô pra chegarmos ao centro, porque a gente estava num hotel lá perto do aeroporto Heathrow (claro que demorou muito e a gente chegou ao centro quase na hora de voltar - já que o metrô fecha relativamente cedo).

 Hotel bonito (e barato)!

Como eu já conhecia a cidade, sugeri que fossemos a Piccadily Circus, porque além de ser lindo, ainda tem vários lugares para comer (apesar da gente ter acabado no Mc Donalds).

Piccadily Circus!

Nos dias subsequentes nós passeamos bastante (tem tudo no blog da Fernanda), e eu só quero dizer que apesar de eu já conhecer aqueles lugares, a mágica nunca acaba! Tudo que eu vi de novo foi como se eu estivesse vendo pela primeira vez, e eu sorri, e meu coração (quer dizer, meu cérebro) estava muito e muito feliz. Aqui está uma das provas de quanto eu estava retardada. Na noite de ano novo eu via aqueles fogos e eu sorria e sorria (bem retardada mesmo, hahaha) e pulava e eu soube que eu realmente queria estar aqui, que eu não tinha errado, que eu não ia querer voltar pro Brasil e largar tudo aqui, eu soube que eu tinha feito a coisa certa. 

Thales, eu e Fernanda no Victoria Memorial, na frente do Palácio de Buckingham.

Fogos no Big Ben.

E depois de quatro dias na cidade mágica, eu, Fernanda, Thales e Ricardo (outro brasileiro que veio estudar aqui), pegamos um trem pra Birmingham. A vida na Inglaterra agora ia começar de verdade...




segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Saí do Brasil no dia 29 de dezembro de 2012. Minha mãe me levou ao aeroporto no Rio de Janeiro e a primeira coisa que eu vi era que o aeroporto é bem melhor que Guarulhos, hahahaha. Para quem não sabe eu sou de Minas Gerais, moro em São Paulo e no momento minha mãe e irmão moram em Niterói, ou seja, uma bagunça, e esse último fato é que me fez sair do aeroporto do Rio. Chegamos com antecedência, mas assim como eu comprei a passagem mais barata que tinha, outras muitas pessoas compraram, então tinha uma fila gigantesca pra fazer o check in. A empresa que eu vim se chama Condor, e como ela é uma empresa que não atua muito no Brasil, então só tinham três guichês, o que fazia demorar mais ainda. Mas não tinha o que fazer mesmo, então esperamos e passamos a observar as pessoas na fila, hahahahaha. Era um vôo pra Frankfurt, então tinham muitos alemães lá, e todos eles eram loiros dos olhos azuis e muito, muito altos. Como o vôo saía do Rio, então todos eles estavam bem vermelhos e a moda nos pés era havaianas. É engraçado como turista estrangeiro no Rio de Janeiro tem um estereótipo que corresponde bem a realidade. Tinham também vários mini-alemães loirinhos e felizes. Mas o que chamou mais nossa atenção foi um padre que estava de fone de ouvidos e dançando todo contente. Muito tempo depois chegou a minha vez no check in e não sei se porque o cara gostou de mim ou qualquer outro motivo, ele disse que ia me mudar de classe. E, no mundo de sorte que eu vivo, vim de classe executiva. Hahahahaha. Depois disso só deu tempo de pegar algo pra comer e já fui pro embarque, e ter que me despedir da minha mãe doeu bastante... Eu sei que eu não moro mais em casa há quatro anos, mas saber que eu não posso voltar quando eu quiser é difícil. E nesses quatros anos eu nunca fiquei mais de um mês em casa, já que sempre fiz estágio, e talvez o fato de eu ter ficado um bom tempo em casa agora antes de viajar tenha deixado as coisas mais tristes. E eu sempre vou gostar de Barbacena, da minha família grande reunida no Natal, de todos os primos, tios e amigos, de gente que eu vi genuinamente me desejando felicidade e sorte na nova vida.... Mas bem, embarquei né... Hahahaha. Depois de um atraso de uma hora, abriram o embarque e fui lá ver minha nova classe.
Boarding Pass meio escrito em alemão! *-* 

Minha nova classe, hahahaha.

Para minha surpresa quem se sentou do meu  lado foi o padre feliz! E ele gostava de interagir e ele sabia falar português, então a gente conversou bastante. Ele é francês e tava no Brasil há dois anos fazendo uma missão no interior do Pará! Ele disse que estava viajando já há 2 dias e que também pegou esse vôo por ser mais barato. Aprendi umas coisas sobre o interior da França e ele me desejou uma boa vida na Inglaterra nesse ano. No meu outro lado não tinha ninguém, o que me deixou com espaço e feliz. Hahahaha. A diferença maior entre as classes foi a comida, e eu no final das contas fiquei até feliz que não tinham muitas gororobas alemãs. Chegamos em Frankfurt e apesar da minha vontade de sair do aeroporto e ir conhecer a cidade, não dava tempo. Então fui logo pro embarque do meu outro vôo, que era Frankfurt - Londres pela Lufthansa. Eis que estou sentada preenchendo o papel da imigração do Reino Unido enquanto espero o embarque abrir, e me chamam no alto falante. Já logo pensei que tinha dado alguma coisa errada, que iam me deportar ou sei lá, mas como eu tenho muita sorte na vida, era pra dizer que eu tinha sido escolhida pra aproveitar a classe executiva nesse vôo! Então fui de classe executiva com comida de chef e jornais e revistas a vontade. Hahahaha. E eu fui na janela, o que me deixou feliz.

Muitos kinder na Alemanha. 

Passagem upgrade. Hahahaha

Cheguei em Londres lá pelas 16hs do dia 30 de dezembro de 2012. Saí do embarque e fui esperar a Fernanda, que é uma menina que faz Biologia e veio estudar na mesma universidade que eu. Esperei um pouco e logo ela chegou, a partir daí ficamos confusas pra chegar no hotel, mas no final pegamos um ônibus em que pagávamos 4 libras e ficávamos na porta do hotel. E é isso, eu estava em Londres de novo...

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Eu sempre tive um sonho. Eu queria morar na Inglaterra, o país da rainha, da bandeira bonita, do clima agradável, das pessoas charmosas e do rock. Mas eu cresci sabendo que isso nunca ia ser possível, afinal, quem nunca ouviu sobre as regras de imigração do Reino Unido? Sempre pensei que isso não ia acontecer nunca e que eu nem sequer conseguiria sair do país, porque, convenhamos, é preciso muito dinheiro para isso. Mas em 2011 eu consegui, com o dinheiro juntado de muito tempo e com uma bela ajuda do meu pai, me auto convencer de que eu podia viajar, eu podia com 21 anos ir conhecer a Inglaterra. Minha mãe me deu muito apoio, e quando primeiramente eu pensei em ir pro Canadá porque era mais barato, ela foi a primeira a me dizer que a Inglaterra era meu sonho e que era importante eu investir no que eu sempre quis. E claro, com isso ela acabou me dando um super apoio financeiro também, já que é claro que no final das contas eu não tinha o suficiente. E eu fui morar em Londres por um mês e em Janeiro de 2012 eu vivi aquela cidade, um tempo suficiente para saber que era aquilo que eu queria pro resto da minha vida. Foi difícil, o inverno rigoroso tornava as coisas mais complicadas, mas a cada rua que eu passava era uma alegria a mais e um deslumbramento que parecia não acabar. Mas eu estava morrendo de saudades das pessoas, do amor... Então, chegou a hora de voltar. No último dia de Londres eu fui a London Eye com minha amiga/prima que, na ocasião, morava na França, e quem já foi sabe que depois que você anda na roda gigante tem uma experiência 4D, é um vídeo lindo, e naquela hora deu o aperto no coração, porque eu sabia que eu não ia voltar mais tão cedo. Eu nunca mais ia querer que minha mãe gastasse esse tanto de dinheiro comigo, e, convenhamos, eu faço Biologia, eu sei que eu não vou ser a pessoa mais rica do mundo, e eu também sei que eu muito provavelmente não teria condições de bancar uma viagem dessas sozinha. Então eu voltei pro Brasil, eu voltei pra minha vida normal, eu voltei pra São Paulo.

Acontece que mais ou menos 6 meses depois tudo o que se falava no mundo das universidades brasileiras era no tal Ciência sem Fronteiras. Mas eu não tinha proficiência e muito menos vontade de deixar meu namorado de infinitos anos no Brasil. Então eu já tinha desistido, até que saíram os editais pro começo de janeiro de 2013, e o Reino Unido estava lá nas opções, e eis que Artes tinha se tornado um curso elegível, e, logo, o Igor poderia se candidatar também. Decidimos então que deveríamos tentar, já que a proficiência no inglês seria útil mesmo que não conseguíssemos a vaga. E aí veio desespero, IELTS, desespero, inscrição no UUK, desespero, espera, espera, espera, espera, desespero, e finalmente o resultado, nós dois conseguimos! E créditos a um grupo no facebook, sem isso teria sido bem mais difícil. A gente ia pra Inglaterra, a gente ia morar na Europa por um ano! Não exatamente juntos, já que as universidades que escolhemos são em cidades diferentes, mas perto, perto o suficiente. E agora, em janeiro de 2013, EU MORO NA INGLATERRA! Eu vou morar na Inglaterra por um ano, numa cidade chamada Birmingham, que é a segunda maior do país, eu vou viver as quatro estações, as cidades lindas, o sotaque! E por aqui eu vou contar como estão as coisas, já que é mais fácil do que contar pra cada pessoa individualmente. :)

E pra finalizar, minha mãe já sabia que isso um dia ia acontecer. Quando eu tinha uns 13 anos ela me deu o Harry Potter e o Cálice de Fogo, e ela escreveu uma dedicatória dizendo que sabia que meu futuro ainda ia me levar aos lugares dessa história, e hoje eu tô aqui!